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Campanha

Congresso Nacional tem projeções da campanha pelo Feminicídio Zero

Ação marca 18 anos da Lei Maria da Penha


Foto: © Valter Campanato | Agência Brasil

O Congresso Nacional projetou, no início da noite desta quarta-feira (7) vídeos da campanha pelo feminicídio zero, lançada hoje, data que marca 18 anos de existĂȘncia da Lei Maria da Penha.

A mobilização federal - do Ministério das Mulheres, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da PresidĂȘncia da República - faz parte do Agosto LilĂĄs, mĂȘs dedicado à conscientização pelo fim da violĂȘncia contra as mulheres, que tem o objetivo de dar visibilidade ao tema e ampliar a divulgação dos direitos das mulheres em situação de violĂȘncia, além dos serviços especializados para acolhimento, orientação e denúncia.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse, pela manhã, que todos precisam aderir à ação. "Precisamos fazer com que, não só as instituições, não só o governo, não só as pessoas comprometidas e militantes se envolvam e que cada cidadão desse país possa se dizer indignado e que não aceita a violĂȘncia contra as mulheres, não aceita o feminicídio. Nós precisamos ter um povo que se mete em briga de marido e mulher e faz alguma coisa."

A biofarmacĂȘutica Maria da Penha, que dĂĄ nome à lei, ressaltou as consequĂȘncias das mortes evitĂĄveis de mulheres. Ela foi alvo de duas tentativas de feminicídio, em 1983, por parte do marido Marco Antonio Heredia Viveros.

"Pensei nos órfãos vítimas da violĂȘncia doméstica. Eu mesma teria deixado trĂȘs crianças na orfandade. Pensei também nas mães e pais que viram suas filhas serem assassinadas por quererem sair de um relacionamento, por querer romper o ciclo da violĂȘncia."

Feminicídio

Desde 2015, a Lei nÂș 13.104/2015 tipifica o crime de homicídio e, ainda, incluiu o feminicídio no rol de crimes hediondos.

A legislação aumentou a pena do agressor condenado em um terço até a metade se o crime for praticado: durante a gestação ou nos trĂȘs meses posteriores ao parto; contra pessoa menor de 14 anos; maior de 60 anos; contra pessoas com deficiĂȘncia; e se ocorrer na presença de descendente ou de ascendente da vítima.

Campanha

A campanha foi iniciada nas redes sociais do Ministério das Mulheres.

A estratégia de divulgação envolverĂĄ, também, influenciadores como atrizes, atletas, ministros e parlamentares que publicarão vídeos sobre o tema da violĂȘncia contra a mulher e em apoio ao #FeminicidioZero.

As peças publicitĂĄrias envolvem materiais digitais para redes sociais, além de materiais grĂĄficos como adesivo, folder e cartaz.

O público poderĂĄ conferir um filme de 30 segundos e trĂȘs filmes de 15 segundos que retratam trĂȘs diferentes situações de violĂȘncia contra mulheres.

O filme divulga o Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher, canal de ajuda, informações e registro de denúncias de violĂȘncia pela própria vítima, familiares e testemunhas.

De acordo com o Ministério das Mulheres, as violĂȘncias podem começar silenciosamente, porém o feminicídio pode ser evitado com o acolhimentos das mulheres, busca de informações, denúncia relacionada a ameaças, agressões físicas, mesmo quando a violĂȘncia não é física.

Demais ministérios do governo federal e órgãos públicos também irão aderir à campanha.

ViolĂȘncia

O 18Âș AnuĂĄrio Brasileiro de Segurança Pública, organizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, relata que 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio, em 2023. As agressões decorrentes de violĂȘncia doméstica tiveram aumento de 9,8%, e totalizaram 258.941 casos.

Houve alta também nas tentativas de feminicídio (7,2%, chegando a 2.797 vítimas) e nas tentativas de homicídio contra mulheres (8.372 casos no total, alta de 9,2%), além de registros de ameaças (16,5%), perseguição/stalking (34,5%), violĂȘncia psicológica (33,8%) e estupro (6,5%).

O Brasil também registrou um estupro a cada seis minutos no ano passado. Foram 83.988 vítimas e uma taxa de 41,4 por 100 mil mulheres, havendo um crescimento anual de 6,5%. Outros crimes com taxas em alta são importunação sexual (48,7%), assédio sexual (28,5%) e divulgação de cena de estupro/sexo/pornografia (47,8%).

"Não é possível aceitar que, a cada seis horas, uma mulher morre pelo feminicídio. Pior ainda, uma morte evitĂĄvel. Nós não podemos aceitar que esse seja o país onde, a cada trĂȘs ou quatro minutos, uma mulher sofre violĂȘncia sexual, principalmente crianças de 0 a 13 anos", condenou a ministra das Mulheres.

A Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero, coordenada pelo ministério, planeja um evento em Brasília para assinatura de um Manifesto pelo Feminicídio Zero, em que cada parceiro da iniciativa se compromete a atuar, como os clubes de futebol e igrejas evangélicas.

A Tarde

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