O governo do Brasil, através do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), emitiu um comunicado, nessa segunda-feira (29), pedindo para que os brasileiros residentes, a caminho ou com viagem marcada para a Venezuela fiquem atentos a segurança naquele país.
O comunicado foi emitido depois que a parte da população venezuelana ir as ruas para protestar contra o resultado da eleição presidencial, que apontou para a vitória de Nicolás Maduro, reeleito pela terceira vez.
Por medidas de segurança, o governo do Brasil pede que brasileiros evitem ir aos locais onde estão ocorrendo os protestos e que evitem aglomerações.
"Em vista dos recentes acontecimentos na Venezuela, o Ministério das Relações Exteriores recomenda que brasileiros e brasileiras residentes, em trânsito ou com viagem marcada no país acompanhem a página e as mídias sociais da Embaixada do Brasil em Caracas, mantenham-se informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram e evitem aglomerações", diz o Itamaraty, em nota.
No último domingo (28), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável por supervisionar as eleições no país e considerado alinhado ao governo, declarou a reeleição de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos. O resultado é contestado pela oposição que acusa o governo de ter cometido fraude e que o verdadeiro vencedor é o candidato Edmundo González.
Entre os principais pontos de critica é a falta da divulgação das atas eleitorais, documentos que apresenta os registros dos votos de cada urna. O governo brasileiro, entre outros, já solicitou oficialmente que a Venezuela divulgue essas atas para demonstrar que não houve irregularidade na eleição.
Protestos
Com a falta da divulgação deste documento, parte da população venezuelana começou a realizar protestos cobrando a divulgação das atas. Na noite dessa segunda-feira (29), na capital Caracas, manifestantes tomaram as ruas para cobrar por mais transparência.
Na oportunidade, foram registrados um panelaço de mais de 20 minutos contra Maduro e gritos de "entregue o poder" e imagens de presidente reeleito foram queimadas em sinal de repúdio.
Bnews