O governo federal tem cobrado das polícias estaduais o uso de câmeras corporais, no entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda está em fase de testes desde 2023. O assunto voltou ao debate após operação da PRF em que uma mulher foi baleada em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na véspera do Natal.
Ainda não se sabe, se a câmara foi usada nesta ocorrência. Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi internada no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes com uma perfuração por arma de fogo no crânio.
O primeiro teste de câmeras corporais da PRF no Rio de Janeiro aconteceu durante a operação de segurança no G20, evento que reuniu líderes mundiais na capital carioca. Os testes incluem captação, armazenamento e tratamento das imagens captadas no fardamento e nas viaturas.
Os testes foram realizados este ano nas cidades de São José (SC), Uberlândia (MG), Cascavel (PR), Sorriso (MT) e Araguaína (TO). No ano passado, a PRF recebeu 200 câmeras corporais do Ministério da Justiça que foram doadas pelo governo americano.
No mês de maio, o governo federal lançou uma série de orientações para o uso de câmeras nas fardas de policiais. Dentre as orientações está manter os equipamentos ligados durante todas as ocorrências.
Após uma onda de casos de violência policial em São Paulo e atendendo a um pedido da Defensoria Pública do Estado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou este mês o uso obrigatório das câmeras corporais por policiais militares em operações realizadas no Estado de São Paulo.
Bnews