prisão do general Braga Netto no último sábado (14) vem causando preocupação no entorno do general da reserva Augusto Heleno. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro vem adotando postura diferente do seu colega de Forças Armadas para não ser preso. A informação é da coluna Bela Megale, no jornal O Globo.
Braga Netto e Heleno, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado.
De acordo com a publicação, aliados de Heleno dizem que ele preferiu se afastar dos holofotes e das investigações, enquanto Braga Netto tentou obter conseguir dados sobre a delação premiada do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid.
Há um entendimento de aliados de que a chance de uma prisão preventiva de Heleno é remota. Por outro lado, o grupo avalia que existe a possibilidade do ex-ministro do GSI ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda segundo a colunista, a defesa de Heleno adotou a estratégia de tentar alegar que o militar foi escanteado por Jair Bolsonaro, quando o centrão passou a ter uma presença ainda maior no governo, em 2021.
No entanto, o relatório final da PF diz que Heleno atuou de "forma destacada" na elaboração e na execução de ações para "desacreditar o processo eleitoral brasileiro e subverter o regime democrático". Entre as provas encontradas estão há anotações de próprio punho atribuídas ao general, sugerindo estratégias para não cumprir decisões judiciais.
Bnews