O senador Sergio Moro (União-PR) tem sido criticado por ex-integrantes da Lava Jato por não se pronunciar sobre a reportagem que apontou o uso extraoficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo ministro Alexandre de Moraes.
Publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a matéria revelou que Moraes usou a Corte Eleitoral de maneira informal para investigar bolsonaristas em inquéritos que tramitam no Supremo.
O jornal teve acesso a mensagens trocadas por auxiliares de Moraes entre agosto de 2022 e maio de 2023.
Passadas mais de 24 horas desde a publicação da primeira notícia, o senador não se pronunciou sobre o tema nas redes sociais. Questionado pela coluna, Moro ignorou a pergunta e não respondeu.
Até o momento, Moro fez uma única postagem no X (antigo Twitter), onde declarou ser a favor, entre outros pontos, da revisão pelo STF e pelo Congresso das penas excessivas contra os condenados pelo 8 de janeiro.
"Sou favorável: 1 - à soltura imediata e à revisão pelo STF ou pelo Congresso das condenações e penas excessivas contra os manifestantes do 8/1; 2 - ao fim da censura e da perseguição contra os adversários do Governo Lula; e 3 - ao restabelecimento pleno das liberdades democráticas e realinhamento internacional do Brasil com as democracias ocidentais", publicou o ex-juiz às 11h27 da quarta-feira (14/8).
Os ex-colegas de Moro na Lava Jato criticam o silêncio do senador. Para essas fontes, o silêncio seria uma "confissão de submissão" do ex-juiz ao STF, especialmente após o TSE não cassar seu mandato em maio.
"Confissão de submissão. Destruíram ele com a Vaza Jato e ele vai abaixar a cabeça. Custou caro esse mandato", disse, sob reserva, um aliado do senador.
Bnews