Foto: Agência Brasil
A Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), um dos principais projetos logísticos da Bahia, teve as obras do Trecho 1 suspensas após o rompimento do contrato entre a Bahia Mineração (Bamin) e a construtora Prumo Engenharia. A paralisação ocorreu em 1º de abril, com 75% da construção concluída e investimento de R$ 784 milhões.
A empresa Bahia Ferrovias S.A. foi autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a assumir a execução do restante das obras no Lote 4F, que abrange cidades como Brumado, Tanhaçu, Ibiassucê, Caetité, Lagoa Real e Rio do Antônio.
O governo federal mantém a expectativa de que o trecho seja concluído até 2026, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrar agilidade no cronograma.
Diante da paralisação da Ferrovia Oeste-Leste, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) convocou o presidente da Bamin, Eduardo Ledsham, para prestar esclarecimentos. A audiência pública está marcada para terça-feira (29), às 9h30, na Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo.
A Bamin deverá apresentar um novo cronograma de obras e explicar os motivos que levaram à suspensão dos trabalhos.
A Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) é um projeto que vai ligar o município de Ilhéus, no litoral da Bahia, até Figueirópolis, no Tocantins, conectando-se à Ferrovia Norte-Sul. O valor total da obra, dividida em três trechos, é estimado em R$ 6 bilhões, entre investimentos privados e públicos.
Com 1.527 quilômetros de extensão previstos, a Fiol será um corredor estratégico para o escoamento da produção agrícola e mineral do interior do Brasil para o mercado internacional, através do Porto Sul, em Ilhéus.
Atualmente, as obras se concentram no trecho 1, entre Caetité (BA) e Ilhéus (BA), com 537 quilômetros.
O Trecho 1 da Fiol é a parte inicial da ferrovia, que vai de Ilhéus até Caetité, com aproximadamente 537 quilômetros de extensão.
Ele é o primeiro segmento a ser construído, com a maior parte das obras já em andamento, mas também enfrentando atrasos devido a questões financeiras e de licenciamento.
O foco deste trecho é a conexão entre o litoral e o interior da Bahia, facilitando o transporte de carga e o escoamento da produção mineral e agrícola para o Porto Sul em Ilhéus.
O Lote 4F refere-se a um subtrecho específico dentro do Trecho 1, localizado em uma parte da região oeste da Bahia.
Este lote abrange cidades como Brumado, Tanhaçu, Ibiassucê, Caetité, Lagoa Real e Rio do Antônio, que são importantes áreas para a mineração e agricultura na região.
A concessão do Lote 4F foi assumida pela Bahia Ferrovias S.A., após a suspensão do contrato com a Bamin e a próxima retomada das obras.
O Lote 4F engloba obras como pontes, viadutos, remanejamento de redes de energia elétrica e outras obras estruturais para permitir a passagem do trem.
As obras da Fiol começaram em 2010, com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com previsão inicial de conclusão em 2014. Ao longo dos anos, o projeto enfrentou:
Em 2021, a Bamin venceu a concessão do trecho Fiol 1, assumindo a responsabilidade de concluir e operar a ferrovia.
A conclusão da Ferrovia Oeste-Leste deve gerar efeitos relevantes para a economia baiana e nacional:
No Lote 4F da FIOL, estão previstos:
A conclusão total da ferrovia está prevista para 2026, com investimentos públicos e privados. Retomada das obras, portanto, é considerada fundamental para garantir a operação plena da Fiol e o início das atividades do Porto Sul.
Fonte: Aratu on