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Com os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) planejando uma possível greve a partir da próxima quarta-feita (10), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) frisou o que pode ser sua "última cartada" para evitar a paralisação.
De acordo com informações do BNews, a paralisação está sendo encabeçada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP-BR) — sindicato exclusivo dos servidores do INSS.
A proposta ofertada aos servidores — assim como tem ocorrido com outras categorias do funcionalismo público — supera a inflação projetada para o período, que varia de 15% a 18%. O cálculo considera os anos de 2023 a 2026 (do atual mandato do petista).
De acordo com o Metrópoles, no ano passado, foi concedido um reajuste linear a todos os servidores de 9%. Neste ano, não haverá correção salarial, mas serão ofertados reajustes para 2025 e 2026, a depender de cada categoria.
O governo tem justificado a política de reajuste parcelado com a necessidade de cumprir suas metas fiscais, que são definidas por lei. Nesta sexta-feira (5), após cerimônia de comemoração dos 34 anos do INSS, o presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, comentou a situação.
"Há um apoio à legitimidade das demandas, do que pedem os servidores. Eu mesmo estive, sob determinação do ministro Lupi, na sala de negociação. É uma negociação. É claro que a proposta dada pelo governo melhorou. É uma proposta importante. É uma proposta que, somada ao que foi feito no ano passado pelo presidente Lula, será em 25 e 26 maior que a inflação", argumentou.
O presidente do INSS também destacou uma "ansiedade" da categoria pela negociação. No entanto, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, interveio dizendo que o que havia era "medo", se ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele indicou que há outras demandas que não dependem de recursos e que ele irá levar também ao governo tentando ajudar, para que não haja nenhum tipo de movimento paredista.
"[Greve] não é bom para a população e os servidores também não querem fazer. Os servidores sabem que é ruim para a população porque eles atendem no dia a dia", finalizou ele.
Na visão de Stefanutto, os servidores do INSS fizeram sua parte."Foram chamados a uma situação muito difícil que havia e eles entregaram. Eu não posso deixar de reconhecer isso para o governo. Agora, claro, existe uma questão fiscal que é importante. O país tem um arcabouço que precisa ser respeitado", completou.
Fonte: Bnews